Os bombeiros que participam das buscas às vítimas da tragédia provocada pelo rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho passaram a usar máscaras nesta quarta-feira (30) no trabalho de resgate. O mau cheiro forte dos corpos em decomposição já atrai dezenas de urubus para a região da Mina Córrego do Feijão.
A barragem de rejeitos se rompeu na sexta-feira (25). O mar de lama varreu a comunidade local e parte do centro administrativo e do refeitório da mineradora. Entre as vítimas, estão pessoas que moravam no entorno e funcionários da Vale. Vegetação e rios foram atingidos. Há pelo menos 84 mortos, além de 276 desaparecidos.
De acordo com a assessoria de comunicação dos bombeiros, as máscaras de proteção têm dupla função: evitar a inalação de resíduos tóxicos e dos equipamentos que os bombeiros usam nas buscas e, também, que os soldados sintam o mau cheiro tão intensamente.
Números da tragédia
- 99 mortos confirmados – 57 identificados
- 259 desaparecidos
- 192 resgatados
- 393 localizados
O tenente Pedro Aihara destacou ainda que os militares estão sendo submetidos a um rodízio para que possam descansar.
“Os militares não estão há seis dias ininterruptos. Estão numa lógica de rodízio, mas evidente que pelo tipo de operação e pela demanda que a gente tem é um serviço extenuante”, descreveu.
“Têm circulado vídeos que mostram o cansaço físico e a exaustão, mas isso é inerente à nossa própria atividade. Ao final de uma operação como essa, nós saímos desgastados física e psicologicamente, mas, para tudo isso, é feito um acompanhamento”, disse o porta-voz.
“A abnegação desses profissionais demonstra muito o esforço e a preocupação que a gente tem de trazer esses corpos da maneira mais respeitosa e rápida possível.
(*) Com informações de Henrique Coelho G1- Globo